quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A Sociedade de Cupins e Formigas

Cupins:
Os cupins trabalham em sociedade, cada qual tem sua tarefa específica dentro da colônia, sua comunicação é feita quimicamente, através de uma minúscula gota, que passa de boca em boca; sua forma de reprodução atende às necessidades da organização.Eles se comunicam boca a boca, repartem tarefas, dividem-se em grupos e resolvem complicados problemas de ventilação e drenagem para construir suas casas.
Formigas:
As formigas são insetos terrestres, encontrados desde o Equador até aproximadamente latitudes de 50 graus, do nível do mar a altitudes de cerca de 3 mil metros. Elas vivem exclusivamente em colônias. A vida em sociedade possibilita o cuidado cooperativo à prole e a divisão de trabalho reprodutivo, com fêmeas férteis (rainhas) e estéreis (operárias).
Em geral, as colônias são fundadas por apenas uma fêmea alada. Depois de fecundada por um ou mais machos, ela desce à terra, perde as asas e procura ou escava um abrigo, onde coloca os primeiros ovos. Em algumas espécies, as colônias são fundadas por diversas rainhas, mas apenas uma mantém o posto: a rainha vencedora repele ou mata as outras. Em colônias maduras, a população pode chegar a milhões de indivíduos.

Diferença entre os Cupins e as Formigas:

Nas formigas só existem operárias e nos cupins operários e operárias.
As formas jovens dos cupins trabalham, as das formigas não.
Nas colônias de cupins, o macho (rei) permanece sempre ao lado da fêmea (rainha). depois da revoada. Auxilia na construção inicial do ninho e fertiliza os ovos depositados pela fêmea. Nas formigas o macho fecunda a fêmea durante o vôo nupcial e morre em seguida. Presença de cintura nas formigas e ausente nos cupins. Casta operária: realiza os trabalhos de construção dos ninhos, busca e cultivo de alimentos (fungos), cuidados com a prole e com o casal real ou a rainha.
Casta dos soldados: encarregados de defender a colônia de agressores (predadores).
Rei, rainha (casal real): responsáveis pela reprodução e perpetuação da espécie. Controlam as atividades na colônia.

A Usina Hidrelétrica de Três Marias e a História do nome Três Marias

Em 1952, a CEMIG - Centrais Elétricas de Minas Gerais S.A., inaugurou sua primeira grande usina - TRÊS MARIAS. A barragem, que tem 2.700 metros de comprimento e forma um reservatório de 21 bilhões de metros cúbicos de água, a 2.221 Km acima da foz do rio, foi construída com recursos da Comissão do Vale do São Francisco - CVSF, para cumprimento de finalidades múltiplas.

A represa de Três Marias assemelha-se, assim, a uma parada do São Francisco, a fim de reunir forças antes de enfrentar um clima hostil característico do sertão.
Por tudo isso, entende-se a significação do represamento das águas em Três Marias para cumprimento, como se disse, de finalidade múltiplas: produção de energia hidrelétrica, controle de enchentes, irrigação e melhoria das condições de navegabilidade do São Francisco.


Quanto ao aspecto energético, a usina de Três Marias apresenta uma potência instalada de 387.600 KW. Situada a 95 Km a montante de Pirapora - onde começa o principal trecho navegável do São Francisco - a barragem de Três Marias retém as enchentes nos períodos chuvosos e garante os níveis mínimos de água para a navegabilidade durante as estiagens.


Essa vazão controlada, cujos benefícios vão repercutir até na usina de Paulo Afonso, possibilita ainda o desenvolvimento de irrigação às margens do rio, afastando os efeitos danosos da chuvarada imprevisível.



História do nome Três Marias


Há muitos e muitos anos, residia às margens do Rio São Francisco uma família que montou uma pequena hospedaria na fazenda, com o passar dos anos, os pais morreram e as filhas Maria Francisca, Maria das Dores e Maria Geralda continuaram com a hospedaria, ponto de parada obrigatória. Aquela pequena hospedagem tornou-se popular como as 'Três Marias': 'Hoje vou pernoitar, lá, nas Três Marias ...' ; 'Quando atravessar o Rio São Francisco vou almoçar nas Três Marias ...'

Certo dia, como de costume, as Três Marias foram nadar, sem saber que vinha vindo uma cabeça de enchente. As águas vinham revoltas, arrastando animais, árvores, plantações, carregando e destruindo tudo a sua passagem. As Três Marias, ao sentirem a chegada das águas, tentaram sair do rio, mas Maria Geralda rodou nas águas, Maria Francisca tentou salvá-la e rodou também. Quando Maria das Dores viu as suas irmãs debatendo-se nas águas, numa luta mortal, tentou levá-las para as margens do Rio. Tudo em vão: as águas carregaram as Três Marias para o fundo do Rio. Após o acidente trágico, o nome de Três Marias tornou-se mais popular ainda, ficando aquela região assim conhecida.

Impactos Ambientais - Empresa Votorantim


A empresa Votorantim, com uma de suas indústrias localizadas na cidade de Três Marias, é uma das maiores produtoras de zinco do país. A cidade de Três Marias é banhada pelo rio São Francisco, também conhecido como ”O Velho Chico”.
A empresa Votorantim, por produzir material poluente à água, foi obrigada a criar uma barragem de contenção de dejetos para não poluir o rio. Porém, recentemente, por alguns incidentes que aconteceram na sede da empresa na cidade, a Votorantim foi obrigada a assinar três TACs (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público. Alguns dos incidentes ocorridos na empresa incluem: transbordamento de água contaminada da barragem de contenção (2005), formação de nuvens de partículas sólidas causadas por ventos (2005) e o rompimento da tubulação que conduz os rejeitos da fábrica para a barragem de contenção.
Para controlar alguns incidentes como estes, a empresa foi obrigada a implementar estações de controle de água e da fauna e flora da região. Também foi obrigada a controlar o cádmio, chumbo e arsênio produzidos na fábrica. Além disso, para tentar diminuir os impactos ambientais, a empresa resolveu construir uma nova barragem de contenção para tentar diminuir ao máximo a preocupação com acidentes industriais que possam poluir o rio, e, mais do que isso, colocar em risco a vida de milhares de pessoas que vivem na região.

O que é uma RPPN?

As Reservas Particulares do Patrimônio Natural, também conhecidas como RPPN, são áreas de conservação ambiental em terras privadas, reconhecidas pelo SNUC como uma categoria de Unidade de Conservação. A RPPN é criada a partir da vontade do proprietário, que assume o compromisso de conservar a natureza, garantindo que a área seja protegida para sempre, por ser de caráter perpétuo.O Brasil abriga hoje 746 RPPN federais e estaduais, abrangendo um total aproximado de 583.000 hectares protegidos, distribuídos em todos os biomas brasileiros.


Importância das RPPN

As RPPN são importantes ferramentas na formação de corredores ecológicos;Muitas RPPN protegem espécies endêmicas;As RPPN contribuem para uma rápida ampliação das áreas protegidas no país, são aliadas para a proteção do entorno de unidades criadas pelo governo;Apresentam índices altamente positivos na relação custo/benefício;São facilmente criadas;Possibilitam a participação da iniciativa privada no esforço nacional de conservação;Contribuem para a proteção da biodiversidade dos biomas brasileiros.

Benefícios com a criação da RPPN

Direito de propriedade preservado;Isenção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) referente à área criada como RPPN;Prioridade na análise dos projetos, pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA;Preferência na análise de pedidos de concessão de crédito agrícola, junto às instituições oficiais de crédito, para projetos a serem implementados em propriedades que contiverem RPPN em seus perímetros;Possibilidades de cooperação com entidades privadas e públicas na proteção, gestão e manejo da unidade.

Existem hoje mais de 750 RPPNs entre federais e estaduais no País, distribuídas entre os seguintes ecossistemas.

Ecossistema RPPNs Hectares

Amazônia 43 39.435,38
Caatinga 39 75.616
Cerrado 134 100.349,62
Ecossistemas costeiros 11 1.372,71
Mata Atlântica 492 106.570,26
Pampas 8 3.168,66
Pantanal 20 253.264,50
Não identificado 9 1.100,19